quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Por que administramos beta-bloqueadores no pós operatório de cirurgia cardíaca?

 


A fibrilação atrial (FA) pós-operatória é a complicação mais comum associada ao aumento da mortalidade após a cirurgia de revascularização do miocárdio (RM).A FA geralmente ocorre nos primeiros 2 a 4 dias após a cirurgia aumentando a taxa de mortalidade pós-operatório, complicações como acidente vascular encefálico (AVE), comprometimento hemodinâmico e tempo prolongado de internação hospitalar.

Os betabloqueadores são a primeira escolha na prevenção da FA e flutter atrial pós RM.  A terapia com beta-bloqueadores também deve ser reinstituída o mais rápido possível após a RM.

Sem a profilaxia com betabloqueador, estima-se que de 20% a 40% em pós operatório de RM e 50% tem mais chance aem apresentar FA.

 O principal fator de risco para essa arritmia  é a idade avançada. Estudos recentes mostram que 81,3% dos pacientes que apresentaram FA tinham mais de 50 anos. Outros fatores de risco incluem  história prévia de fibrilação atrial, doença pulmonar obstrutiva crônica, cirurgia cardíaca prévia e doença da válvula mitral. 

Como os beta-bloqueadores podem causar bradicardia e hipotensão, o monitoramento cardíaco contínuo e a medição frequente da PA são fortemente recomendados. Alguns medicamentos antiarrítmicos e antipsicóticos também podem interagir com betabloqueadores e causar disritmias graves. Para evitar hipotensão ortostática, instrua os pacientes a se levantarem da posição sentada ou supina lentamente, de preferência com auxílio. Manter o acesso venoso calibroso é crucial porque os pacientes podem necessitar de tratamento para hipotensão ou bradicardia sintomática.

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